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quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Desconfie de um livro que esteja no top 10 + vendidos...

"O campeonato de pipas era uma velha tradição de inverno no Afeganistão. O torneio começava de manhã cedo e só acabava quando a pipa vencedora fosse a única ainda voando no céu - lembro de uma vez que a competição terminou quando já era noite fechada. As pessoas se amontoavam pelas calçadas e pelos telhados, torcendo pelos filhos. As ruas ficavam repletas de competidores dando sacudidelas e puxões nas linhas, com os olhos fixos no céu, tentando se pôr em condições de cortar a pipa do adversário. Todo pipeiro tinha um assistente - no meu caso, Hassan -, que ficava segurando o carretel e controlando a linha. Certa vez, um gurizinho indiano, cuja família tinha acabado de se mudar para o nosso bairro, veio nos dizer que, lá na sua terra, havia regras estritas e toda uma regulamentação para se soltar pipa.
- Temos que ficar em uma área cercada e é preciso se pôr em um ângulo determinado com relação ao evento - disse ele todo prosa. - E não se pode usar alumínio para fazer sua própria linha com cerol.

Hassan e eu nos entreolhamos. E caímos na gargalhada. Aquele pirralho indiano logo, log aprenderia o que os britânicos aprenderam no começo do século, e os russos viriam a descobrir em fins da década de 1980: que os afegãos são um povo independente. Cultivam os costumes, mas abominam as regras. E com as pipas não podia ser diferente. As regras eram simples: não havia regras. Empine a sua pipa. Corte a dos adversários. E boa sorte."

Khaled Hosseini. O caçador de pipas.

O começo do romance, enquanto Amir(personagem principal) é criançinha, é até fofo... A gente subentende que o menininho é mó gayzinho... Mas ele cresce e se casa, etc. Affff... Acho que o autor deve ser um gayzão também, até porque as cenas de amor de Amir e sua namorada/esposa não são nem um pouquinho convincentes. Mas o melhor do livro é que dá pra você entender bem o que tem acontecido nas últimas décadas no Afeganistão. Pelo livro eu senti até uma certa proximidade entre o povo afegão e brasileiro. Se não fosse os clichês e as coincidências típicas de best sellers, seria um puta livro! Vacilou...

Ah, o livro vai ser adaptado para o cinema, produzido por Sam Mendes(Beleza Americana).
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